A IBM fala em inteligência artificial há mais de 20 anos. Ou seja, é um processo evolutivo que finalmente chegou, e está ganhando mais força com a revolução da indústria 4.0.
Uma grande preocupação de alguns profissionais quanto a entrada da inteligência artificial em compras é o “fantasma do desemprego”.
Essa preocupação deveria ser outra. Quem se preocupa com isso deve simplesmente sair da sua zona de conforto e pensar em se reciclar para atuar como operador da inteligência artificial; afinal ela chegou e é um caminho sem volta. Por diversas razões. Reduz custo, otimiza processos, aumenta produtividade, gera maior assertividade, entre outros.
A inteligência artificial em compras, especificamente na cadeia de suprimentos, por exemplo, além das vantagens já citadas ajuda no controle de estoque, diminui significativamente o desperdício e ainda gera melhor controle de demanda, com indicadores de sazonalidade.
Cada vez mais tecnologias disruptivas estão sendo usadas para melhorar e otimizar os processos de compra. Por isso vale destacar a importância de promover treinamentos que, entre outros pontos, valorize o uso ético das plataformas, em especial com relação a dados de clientes.
Se reinventar é algo que, pode ser difícil, mas extremamente necessário para se manter vivo no mercado.
As inovações tecnológicas estão voltadas, na área de compras, em produtos de fácil implantação, que otimize processos e seja possível escalar o desenvolvimento daquela empresa. Em outras palavras, a ideia é que cada vez mais as soluções sejam simples e atendam de maneira ampla.
Quando se fala em gestão de fornecedor, diferente do procurement, onde todo mundo sabe o que é uma requisição, uma cotação e um pedido, a semântica é diferente. Ou seja, há aqui uma necessidade mais particular para o perfil de cada cliente. Logo, para acompanhar a velocidade das mudanças é preciso mesclar as metodologias de conexão que estão surgindo no mercado.
A plataforma SAAS com toda uma base de procurement transacional e a plataforma PAS, por exemplo, possuem perfis diferentes que podem se integrar.
Inteligência Artificial em Compras
A plataforma PAS entra no mercado de inteligência artificial em compras para atender as peculiaridades dos significados e processos diferentes do setor para flexibilizar trazendo as melhores práticas para os clientes, simplificando a necessidade de códigos.
Para o time que está na ponta, ou seja, para quem é da área comercial, precisa ficar claro que a implantação é algo necessário e simples. O mercado tende a amadurecer e entender a importância dessas soluções, seja SAAS ou PAS.
A metodologia Ágil está contribuindo muito para fazer um gold map de implementação que traz um benefício mais rápido. Dividir um projeto de implantação em fases é outro método que tem dado resultado.
O machine learning dentro do conceito da inteligência artificial não é mais tendência, já é realidade. Ainda que não esteja em tudo, sabe-se que isso é uma questão de tempo. A internet das coisas, também chamada de IoT está aí para comprovar essa previsão. Não é só em compras, é em tudo.
Dito isso, segue-se a lógica da tecnologia de dados. Tudo hoje se torna estatística e o machine learning é a materialização das estatísticas que contribuem para melhores tomadas de decisão.
A era da inteligência artificial em compras está diretamente ligada a questão de dar a melhor experiência para o cliente, a partir do princípio que se entrega uma informação mais inteligente e precisa.
Assim, é possível dizer que em pouco tempo, com o uso do machine learning, será factível saber quem é o melhor fornecedor e qual é melhor preço. E ainda, colher dados que vão pautar melhor as decisões em momentos de gestão de risco.
Apesar do assunto estar em foco, é algo que está acontecendo; logo, está em fase de amadurecimento e muitas empresas sérias estão investindo pesado em pesquisa e implantação.
Quais barreiras a implementação da inteligência artificial em compras enfrenta?
É muita informação em um ambiente complexo. Um dos grandes desafios é justamente esse, deixar simples para o usuário.
O que as empresas mais buscam no segmento de compra é: Tempo! Quanto mais tempo tiver uma estrutura de compras, mais eficiente será. Afinal, terá tempo para pensar nas estratégias de compra que vão fazer diferença.
O machine learning está entrando nesse segmento com força. Isso vai diferenciar e separar o joio do trigo. Quem tem e quem não tem. E, com isso, conseguir automatizar compras.
O que hoje é feito por pessoas, em pouco tempo será feito por sistemas automatizados. Assim como em outros setores. As pessoas irão se dedicar ao intelecto das estratégias. Por isso a preocupação com desemprego que foi citada só deve assombrar quem não der um “upgrade” profissional.
O desconhecimento das empresas com relação ao potencial de se fazer uma compra através de soluções eletrônicas, por exemplo, é outro obstáculo. Antigamente e até hoje, um comprador de primeira linha conseguia fazer de 100 a 200 processos por mês. Com a tecnologia que já existe e uma solução bem implementada, pode-se atingir 800 processos em um mês; feito pela mesma pessoa. Tem a ver com, entre outras coisas, produtividade.
Ou seja, mindset do comprador é a barreira que não deveria existir. Alguns enxergam a tecnologia como um concorrente ao invés de entender que a ferramenta vai ajudar a potencializar a performance, a otimização e o tempo.
Trade off entre compliance e SLA é outro obstáculo a ser vencido. Afinal, o uso da IA com a machine learning chega para somar e melhorar o processo de interação.
A visão de automação x machine learning é alimentada pela falta de percepção de como a tecnologia ajuda na gestão de risco, por exemplo, sendo esse outro ponto a se destacar. O gestor só quer ouvir na hora que começa o incêndio e precisa apaga-lo.
Interessante notar que a mesma resistência não se notou quando a automação do pedido de compra chegou ao mercado.