Bolsa de Valores

O que o surto do Coronavírus tem a ver com o impacto econômico na Bolsa de Valores

Antes mesmo de atingir a Bolsa de Valores, o impacto econômico da pandemia causada pelo Coronavírus impactou primeiramente, de modo incisivo, empresas que precisaram parar suas atividades diante das medidas de isolamento social imposto pela quarentena, impossibilitando milhões de pessoas de trabalhar. Com isso, quase que imediatamente, milhares de empresas viram o faturamento despencar ou muitas vezes, reduzir a zero. Com o comércio fechando as portas, em respeito aos decretos dos governos municipais e estaduais, uma instantânea desaceleração da movimentação econômica no varejo se estabeleceu. Com menos dinheiro circulando, a roda da economia perdeu força.

Uma das tantas coisas que a pandemia do COVID-19 desequilibrou, além das políticas públicas ligadas às questões de saúde e os fatores financeiros, foram os dogmas econômicos, tais como o conceito de liberalismo, além da agenda de reformas no Congresso Nacional e o papel do Estado diante de uma crise aguda sem precedentes na história do Brasil, inesperada e com soluções a priori imprevisíveis.

Porém, quando a crise global chegou ao Brasil já havia impactado outros países despertando a atenção de economistas ao redor do mundo, como a internacionalmente conhecida e também pesquisadora Monica de Bolle. Monica alertou em suas redes sociais a gravidade do que estava chegando ao País por estar vivenciando a crise nos Estados Unidos, onde mora e trabalha.

Por ser um país territorialmente grande e com avassaladora desigualdade social, fator esse que agrava substancialmente a crise, a economista recomendava, via publicações em suas redes sociais e artigos em revistas nacionais, que o Brasil começasse a pensar e adotar, sob uma ótica de urgência, medidas de proteção social, como por exemplo a garantia de uma renda básica emergencial, que depois acabou sendo, de fato, proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso.

A colunista do Estadão e da Revista Época, também pesquisadora e professora PHD em economia, com experiência no Fundo Monetário Internacional (FMI), considerou em sua entrevista concedida ao programa Roda Viva em 20 de abril “a necessidade de aumentar os gastos do governo para socorrer os trabalhadores e as empresas”. Entre outros fatores que a economista ressaltou no programa, o isolamento social é um dos que considera fundamental neste momento para não ocorrer um colapso do sistema de saúde no Brasil atrelado a um caos social, o que causaria diretamente uma quase falência econômica. Neste cenário, a retomada se daria de modo mais lento e haveria o risco de uma recessão em um futuro próximo.

Os economistas especialistas em gestão de crise afirmam ser impossível dissociar o diálogo entre economia e saúde para que esse cenário descrito anteriormente não se concretize.

Bolsa de Valores

Quando a confiabilidade de uma empresa é abalada, seja ela pública ou privada, suas ações na bolsa tendem a cair. Isto em um cenário normal e é possível contornar e prever uma retomada, entretanto na atual situação o ambiente ainda se apresenta imprevisível. Com isso, a pandemia tem impactado nas ações das empresas e deixando investidores no escuro, muitas vezes sem saber como e quando efetivamente acontecerá uma retomada. Mas, o que isso representa na economia nacional e internacional e ainda, como a oscilação da bolsa influencia no cenário político econômico é talvez a grande questão que assombra empresários e investidores de vivenciarem um colapso econômico.

Analistas e especialistas avaliam que qualquer previsão de impacto do Coronavírus na Bolsa de Valores agora é “puro futurismo”, ou seja, sem base científica. De modo geral, o impacto econômico inclui a oscilação que tem ocorrido diariamente no mercado de ações e o fato de ser indissociável das influências e imprevisibilidade do quadro de saúde que permeia a pandemia somado à influência das volatilidade política pela qual o Brasil tem vivido, em paralelo a pandemia.

Apesar do “futurismo” comentado anteriormente, os órgãos e instituições estão buscando medidas factíveis, pautadas na ciência, para combater a crise de saúde e estabelecer ações que garantam, ainda que de forma gradual, a volta do movimento econômico para que “a roda não pare de girar”. A exemplo disso é possível citar a videoconferência realizada pelo FMI, realizada em 21 de abril para dialogar especificamente sobre o que pode ser adotado efetivamente na economia global para enfrentar os impactos do Coronavírus.

Para saber como proceder neste momento é necessário estar atento e bem informado com fontes oficiais, entrelaçando dados de saúde e economia.