A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS do Ministério do Meio Ambiente define logística reversa como “um dos instrumentos para aplicação da responsabilidade compartilhado pelo ciclo de vida dos produtos”. Em outras palavras, é o fluxo inverso que o produto final faz para voltar a ser matéria prima. É a logística que leva a embalagem já usada, que iria para o lixo, de volta para ser tratada, reciclada ou reutilizada como matéria prima para se tornar, por exemplo, um subproduto.
Principal pauta de grandes empresas e multinacionais, a sustentabilidade quanto a questão ambiental tem ganhado cada vez mais destaque na pauta de grandes corporações que visam se manter competitivas no mercado globalizado.
Diante deste fato, a gestão sustentável na cadeia de suprimentos ou supply chain, tem sido o foco dos negócios também no ponto de vista de sustentabilidade econômica. E assim, se apresenta um ciclo de logística reversa na área.
Nos mais diversos portes e segmentos, a logística reversa promove ganhos ambientais e financeiros.
Gestão de Suprimentos Sustentável com Logística Reversa
Para que a gestão da cadeia de suprimentos seja eficiente, é essencial que atenda aos interesses das empresas. Mas, para isso, é fundamental dar um passo à frente, do ponto de vista conservador, e entender que a responsabilidade socioambiental atendendo as questões éticas de interesse coletivo, será o pilar de sustentação para a roda da economia girar com fluidez. Em outras palavras, é preciso fazer diferente para se destacar. Ou seja, conhecer todas as etapas do processo de supply chain, faz da empresa referência no setor, frente as concorrentes.
A tendência é tão forte, que startups surgem e ganham cada vez mais espaço e credibilidade. Aqui é possível citar a molecoola que tem parceria com a UNILEVER e esteve presente no WTW2019.
Boas Práticas de uma gestão sustentável
De ponta a ponta do processo é necessário que haja integração e coerência de valores. Desde os insumos, matéria-prima até a entrega do produto final. Na logística reversa o “produto final” é o ponto de partida para a prática sustentável. Ou seja, um ciclo entre execução e entrega.
Para colocar em prática e fazer a roda girar é preciso:
- Atenção ao Estoque.
- Investir em inovação e tecnologia.
- Pensar no ciclo de vida do produto e criar pontos de coleta dos resíduos.
- Estabeleça processos internos de implantação que estejam de acordo com a PNRS.
- Fazer parcerias com empresas que tenham expertise na gestão de resíduo específico do seu segmento de negócio.
- Entre outros.
Como já foi comentado, muitas empresas, dos mais diversos segmentos atuam com a logística reversa. Como por exemplo: Natura, HP, O Boticário, Pneus Bridgestone, Unilever e muitas outras.
- A Natura tem um programa de reutilização de resíduos e embalagens.
- A HP reutiliza o plástico e outros resíduos dos cartuchos para produzir novos cartuchos.
- A O Boticário, com cerca de 4 mil pontos de coletas espalhados pelo país, recolhe embalagens com ou sem resíduos e recicla, em um processo interno. Um dos pontos fica na cidade de Jundiaí, há menos de 60 km da capital paulista. A indústria de beleza e cosmético tem ainda um programa com cooperativas que faz parte do braço socioambiental do grupo Boticário.
- A Bridgestone recolhe os pneus, nos pontos de coleta e com a borracha triturada, após processo interno, vende este resíduo para a indústria de calçados; que faz solados. Além deste tem outros destinos como a indústria automobilística e outras.
Por fim, mas sem esgotar a lista de exemplos que é possível encontrar, a UNILEVER se adéqua a legislação, tamanho seu centro de distribuição e quantidade de marcas, em um sistema que envolve redução de custo de operação e transporte graças a prática da sustentabilidade na logística reversa.
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